Já não aguentaria mais esperar o
final do dia, a monotonia, pratos e panelas sujas na pia e ter de limpar tudo
sozinho; já não me seria mais justo nem digno provocar o vizinho de cima
enquanto grito e xingo palavras sem nexo, só pra te fazer rir enquanto
descansamos cansando limpando nossa casa.
Não seria engraçado assistir o
Buda brincar com seus brinquedinhos na porta do quarto, enquanto tentamos
assistir a um filme (ele só queria subir na cama com a gente, mas as patinhas
curtas o impedem e, costumeiramente, ele gosta de estar no seu colo); não nos
deixaria mais apaixonados fazer amor à pouca luz da lua que entra pela janela
do quarto; não teria graça nenhuma descobrir como abrir a porta do banheiro –
depois que você a tranca – e te jogar água gelada enquanto toma banho quente.
Nada teria graça se não fosse com
você. Não teria o mesmo sentido fazer essas coisas com outra pessoa, ela não
entenderia as piadas bobas sobre Star Wars ou qualquer outro filme, não saberia
dizer o nome do último jogo de corrida que saiu pro console que tem em casa.
Ela não teria esse mesmo brilho no olhar quando digo que, em pouco tempo,
teremos nossa casa e nosso quintal, que o Buda vai poder ter um irmãozinho pra
brincar ou, então, que viajaremos pra conhecer Gili Trawangan por um mês ou
mais.
Eu peço que fiques. Um pouco
mais, que até assista aos jornais, veja filmes, documentários, estórias e
histórias sensacionais.
Eu posso ser o que você precisa,
posso ser o que você quiser.
Basta você ficar aqui pra poder
saber.
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